VILA LONGA, Satão, Viseu, (anos 70)





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                                                                HISTÓRIA


Nome que significa encantamento, longe, distância e saudade. Quem lhe deu este nome de Vila Longa não foram os seus habitantes, mas aqueles que avistavam a povoação de longe. Pertencente à antiquíssima paróquia de Santa Maria de Gulfar até ao século XVI, quando do Alto da Paradaia, do Soito ou da Senhora do Barrocal, ou mesmo da Silvã de Baixo, olhavam para os seus lados, com olhos de amizade paroquial, e a lobrigavam, à distância, lá tão longe, para lá do rio, como moira encantada numa varanda de sol, chamavam-lhe Vila Longa, a terra que viam ao longe, para lá do vale profundo, a terra da sua saudade.
Nos fins do século XVI, constituiu-se em paróquia independente, mas continuou a pertencer ao concelho de Gulfar, passando com este para o de Sátão em 1836. Administrativamente, porém, continuou a ser servida pela Junta de Freguesia das Romãs até há cerca de setenta anos atrás.
Completamente isolada, há uns quarenta anos atrás, sem um outro caminho para a sede do concelho, a cerca de dezoito quilómetros, ou para as feiras de Penalva e de Aguiar da Beira, que não fosse um carreiro de formigas a descer ao rio Côja e, depois, a trepar até ao Soito, ou então por lamaçais escalabrados e difíceis. Actualmente, Vila Longa tem acessos para as três vilas em redor: Sátão, Aguiar da Beira e Penalva do Castelo, que permitem transformar a antiga e afastada aldeia numa freguesia sem fronteiras, onde é aprazível viver.

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